Pintar com quantas cores o mundo tem…

Tela em branco ainda por pintar, pincéis deixados sobre tintas ansiosas por cair em cima do branco da tela e desse mesmo branco surgir sentimentos descritos em imagens, texturas e cores que tanto prendem o nosso olhar como o coração de quem pinta. Nem sempre a arte é entendida da mesma forma, o artista pinta um quadro e vê-se nele e sabe qual sentimento ali descrito, outros, aqueles que apenas apreciam, acabam por ver outras coisas, outros sentimentos, outros sonhos e outras texturas.
A minha arte passe por falar em amor, por mais que lute, por mais que tente fugir não consigo estou demasiado preso a este sentimento. Sei que neste momento não iria conseguir viver sem amor, ou se vivesse sem parte dele se calhar seria mais feliz. Sonho tanto, vivo tanto para isto que acabo quase sempre por me desiludir, por pensar que pessoas são aquilo que se sonha mas afinal não passam de pequenos actores que encenam um pequeno papel e quando por ventura o perdem deixam cair a mascara e vê-se a real natureza da pessoa e os seus verdadeiros sentimentos.
Não quero com isto dizer que não acredito no amor porque na verdade acredito com todas as minhas forças, mas neste momento quero estar aqui, assim, parado a observar o que me rodeia, não me quero iludir novamente, já chega, estou farto, quero sim viver sem grande sonhar, quero ver se um dia irei ter sorte que alguém me pegue na mão e me diga “Vamos construir algo a dois?”. Enquanto esse dia não chega quero me concentrar noutras coisas, noutros projectos de vida, noutras aventuras e especialmente noutras batalhas.
Prender-se de mais ao passado na maioria das vezes não é o mais certo espera-se por algo que volte, ou um grande amor, ou um grande sentimento, ou até mesmo ambos em conjunto, mas isso pode não chegar e o tempo que estivemos a espera acabamos por o perder o por o deixar de viver. Não me quero prender a um passado mas hoje sinto-o mais vivo do que nunca, não quero voltar a algo que agora considero um erro em algumas partes mas algo muito especial por outro lado.
Nem sempre sabemos escolher o melhor caminho, eu, tu e toda a gente engana-se uma vez ou mais na vida e isso não deve ser condenado, condenado apenas deve ser aquele que cai no mesmo erro duas ou mais vezes pois vê-se que não aprende com os erros. Defendo a célebre frase “Quem não errou que atire a primeira pedra”, pois se assim for ninguém neste mundo é apedrejado e muito menos condenado por pessoas igualmente erradas…

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