Farpas de um sentir...

Eufemismos de uma paixão ardente, extremas loucuras de um amor que se tornou diferente de todos os outros nem que seja pela simplicidade de uma criança que apenas sabe amar. São jóias, são puros diamantes por lapidar, naturais, e logo bem mais verdadeiros no que toca ao sentir através do coração em compassos acelerados ou lentos dependendo de um tempo, de um sentimento, de duas pessoas. Sente-se assim a poesia vinda apenas do que se chama amor, as vozes cantam um fado bem mais alegre do que aquele que apenas refere a dor de uma perda, de um pedaço de nada esquecido entre o que é amar e o que é partir esquecendo o amor de uma vida, a paixão inteiramente perdida. O sol torna-se conselheiro daquilo que se sente e a distância revela bem mais do que apenas pensávamos ser mais um turbilhão de emoções que nos tapava a visão e enganava o coração. Veio assim algo bem diferente, a utopia virou magia que invade os dias de calor e a saudade tornou-se um sentimento bem mais vivido, bem mais conhecido. O tempo passou, certamente, entre a claridade de um sol radiante e os dias escuros de um inverno prepotente e o mesmo tempo imponente da sua própria vontade, aquela vontade de afastar um destino que estava previamente traçado desde o início. São cheiros e sabores que agora aparecem de novo, são suores quentes de noites escaldantes e conversas diferentes de amanheceres na praia, são canções cantadas entre amigos, são promessas de amores repentinos. Tudo se passa, tudo se muda, tudo se sente e apenas a recordação permanece entre os lençóis de uma nova vida e entre os véus de novos sentimentos que despontaram por entre as finas areias, tão quentes e ao mesmo tempo tão afáveis de um lugar que posso chamar meu. Caminhos traçados, costas viradas, sentimentos abraçados e promessas feitas, tudo isto restou, tudo isto se transformou no que hoje é vivido, no que hoje é sentido por mim, por ti, por todos aqueles que apesar das vicissitudes nunca usaram o verbo desistir. São apenas mais simples reflexões de um Verão ardente, são mais palavras deitadas ao vento na esperança que te banhem o rosto e te cheguem ao coração. Se não souber amar, apenas não consigo viver o que sempre quis...

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