Será sempre assim?...

Palavras surgem no meio de algo desfocado, de algo em que a nitidez desaparece e dá lugar ao desconhecido, ao escuro de uma noite que nem sei como a descrever, como a sentir. São duas almas a vaguear, dois corações que procuram um pouco de amor que acaba por teimar em não aparecer, procuram felicidade, procuram um final feliz para um conto que ambos escrevem, no seu segredo, no seu mais recôndito íntimo. Ele apenas consegue escrever de amor, ele apenas escreve sentimentos porque vive dos mesmos. Ela por seu lado apenas sabe o que quer, luta pelos sentimentos mas procura um futuro que perdeu no passado e isso prende-a, isso faz dela uma prisioneira da sua própria história, de si própria. Os sorrisos ficam contidos e os sonhos invadem ambos pela noite a dentro, pelo sentir e não sentir entre as vicissitudes de uma vida, entre projectos adiados pelo medo de um desconhecido. O amor não se conjuga, o amor vive-se ou apenas ignora-se, vivendo o amor pode-se errar, esquecendo-o acabamos por nunca ter vivido, por nunca ter sentido o que de bom ele nos pode trazer. Hoje pode ser mais um ponto de viragem, mais uma vitória alcançada na luta por um futuro sonhador, por um futuro que enche o imaginário das histórias de criança, das histórias de vida dos adultos. Mais do que saber que tudo se trata de amor é saber que permaneces tu, intocável, igual ao que sempre foste, diferente de todas as outras. Saber sentir nem todos o conseguem fazer, saber amar verdadeiramente só alguns têm esse dom, saber esperar é muito raro mas saber arriscar e lutar por aquilo que quero é a minha prioridade. Por maior que seja a distância, por maior que seja a separação, há coisas que nunca se separam, há corações que nunca se esquecem daqueles que mais importância tiveram na sua vida...

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