Grito...

Por pequenos instantes procura-se um amor que nem se sabe se existe, por instantes acredita-se que afinal as pessoas conseguem ser bem mais verdadeiras, bem mais humanas acabando por esquecer todo um guião e apenas controlando a sua maneira de ser, utilizando somente o coração, despegado da memória, entregue ao sonho. Por momentos tudo parece uma irrealidade vivida, uma mão cheia de nada, disposta a perder tudo, agarrando no resto que ainda tem, com todas as forças, com todo o amor que ainda lhe resta. Há dias assim e certamente momentos destes aparecem algumas vezes, dias perdidos em que apenas se procura o amor mais verdadeiro largando todo o resto, esquecendo tudo o que apenas prende mas não acaba por cativar. Amor torna-se uma dependência, uma estranha forma de vida em que cada um dá um pouco de si em que só apenas alguns entregam o seu mundo, sem resistências, sem armas para poder lutar. São assim únicos, despidos de tudo, desnudados para um amor que se pressupõe verdadeiro, único. É apenas um amor destes que procuro, porque no final ainda me considero uma criança que consegue sonhar com um final feliz, com sorrisos e abraços e com gestos de uma cumplicidade enorme, de um amor inesquecivelmente real. Não é fácil encontrar o que se quer mais dói bem mais desistir de algo mesmo se antes lutar, de partir mesmo sem antes saber se tudo poderia ser um conto de fadas, de esquecer o amor com medo de um dia voltar a viver o que se viveu num passado…

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