Palavras livres...

Os dias vão passando e tudo permanece igual, intacto, preso por um tempo ou até mesmo agarrado a ele, tudo torna-se igual e essa mesma monotonia torna-se sufocante para alguém que gosta de partir para a aventura, desvendar o desconhecido. Procura-se respostas mas apenas encontra-se mais questões, mais impasses que começam a ocupar um lugar de destaque onde apenas deveriam existir marginalmente, afastados de tudo, esquecidos num nada entre indecisões passageiras e esquecimentos repentinos. O amor por enquanto parece longe, parece um ser afastado do meu coração, arrancado de forma impiedosa, de uma forma tão brusca que levou com ele uma boa parte de mim, um pequeno sentido de tudo o que procurava e que agora me esqueço o que era. Apenas o tempo, esperar por este tempo é a melhor escolha, esquecer-me de mim e deste sentir e apenas aprender a viver sem o coração, aprender a sobreviver como tantas outras pessoas, como tantos outros amores perdidos. Não procuro nada, porque procurar significa sentir e esse por enquanto esta desvanecido em mim, desvanecido pela realidade que nem eu próprio escreveria para mim, abandonado pela ausência de um sonho, pela força de um projecto. Apenas espero assim por dias melhores, por dias em que a liberdade de um beijo signifique o soltar de um coração, em que um olhar valha mais do que tudo aquilo que um dia foi dito, escrito em simples palavras, por textos tão sentidos. O desaparecimento de tudo o que é real não se trata apenas de uma ausência mas sim de uma protecção, de algo só nosso, de algo ancorado a nós, de um medo de falhar, de um receio constante de voltar a viver momentos esquecidos e situações que jamais querem ser vividas. Se tudo fosse igual a ti seguramente o meu coração ainda continuava a bater…

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