Palavras rasgadas...

Saberei que a vida é bem mais do que isto, uma mar de indecisões e de vidas prendidas entre todo aquele receio de voltar a viver, de voltares a entregar o teu coração por simples momentos, por uma história que nem se conhece cada capítulo, cada destino onde se há-de chegar. Ficam assim momentos de silêncio, aquele silêncio que ocupa o lugar das músicas, os instantes em que o coração pára de bater, pára de sentir. É uma mistura de nada, um pedaço de tudo o que se quer e um instante em que nem se sabe para onde caminhar, para onde irá pender o coração que se encontra sufocado tanto pelo esquecimento de um passado, como pela vontade de viver mais um presente. Os tempos caminham e certamente quem não procura é porque não sente falta, quem não chama é porque não quer ver, quem não lembra é porque quer esquecer e quem apenas apaga uma recordação é porque no fim de contas não sentiu o momento e não se entregou ao amor como este é. Sempre ouvi dizer que devemos ser nós próprios a construir um futuro e nunca acabarmos por tratar como principal quem no fim acaba por nos ver como uma opção, como alguém que preenche o vazio deixado por um amor perdido, por um passado doloroso. É nestes simples momentos que vemos como às vezes a justiça não prima por aqueles que entregam o coração mas sim por que sabe dissociar o prazer do amor, o sentimento da diversão. Mais do que um dia ser-se um amor de alguém é saber que o sentimento preenche tanto um como o outro, que o amor é sentido por ambas as pessoas, que a paixão é recíproca, que o sonhar é conjunto. Se assim não for tudo não passa de um tempo perdido, se assim o for apenas resta continuar a sonhar e a projectar, a querer e não esquecer, a lutar e constantemente a cuidar de dois coração que no fim sempre conseguiram encontrar amar, sempre conseguiram ser felizes como queriam...

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