O mundo visto pelo meu olhar...


Hoje trago-vos outro formato de escrita, outra forma de ver o mundo em forma de desabafo, espero que gostem...
Vivemos numa sociedade injusta, injusta ao olhar de quem tenta ser melhor, de quem passo-a-passo vá tentando construir coesão. Vivemos na aparência de um ser, no julgar sem saber, no criticar sem conhecer. Somos errantes, vivemos num lugar de errantes mas tantos de isso se esquecem. Somos iguais, nascemos iguais e porquê que teimamos em diferenciar o que não é diferente? Vivemos acobardados, acobardados por querermos ser únicos, acobardados por não sermos iguais a todos os outros, uma réplica desta sociedade esquecida de si, entregue à ignorância da raça humana, à fraqueza da carne que nos compõe. Encontramos nestes dias tanta reação atroz, tantas formas de acção que revelam o estado das pessoas, da sociedade, um estado degradado, degradado de valores, degradados de sentimentos de entreajuda mas, sobretudo, degradados de sentimentos. Somos esquecidos, passamos por esta vida e o que daqui levamos? Se não levarmos sorrisos sinceros, “obrigados” sentidos e abraços apertados? Certamente não levamos o dinheiro que muitos teimam em arrecadar, que muitos tentam juntar como se dele a sua alma depende-se. Vive-se numa sociedade em que tudo está invertido, em que tudo parece perdido, em que o dinheiro move vidas e em que o sentimento nem parece mais contar. Vivemos, crescemos para trabalhar, para economizar, para respirar, para sermos julgados, e o amor? Onde fica o amor? O amor é falado, passado por cima do que é, surgindo em palavras que nem sabem o que é sentir. Vive-se na era de um amor comercializado em que lojas vendem bonitos peluches que dizem amar, bonitas almofadas que dizem adorar mas será que são estes seres inanimados que aquecem um coração? Será que são estes objectos que suprimem a falta? A saudade? As pessoas levam muito tempo a falar de amor, mas não o vivem, vivem escravos de si mesmos, escravos de um tipo de vida que todos contribuímos para que exista...




Apesar de tudo, continuo a acreditar numa família, num amor de verdade, num sentimento eterno. Continuo a acreditar nos meus sonhos, a falar de amor, a saber que o melhor desta vida é saber amar e sermos amados...

O melhor caminho que se pode seguir é aquele em que acreditamos, o melhor momento que podemos encontrar é aquele que formamos e a melhor oportunidade que pode surgir é aquele que nós construímos e não a que se espera que o tempo construa por si mesmo...




Comentários

  1. Este texto fez-me lembrar a situação do mendigo que expus no meu blogue. As pessoas são cada vez mais insensíveis e sem coração, não sei se é falta de amor ou compaixão ou até mesmo de humildade pelo outro. Há pessoas que deviam passar por certas situações para dar o devido valor, em vez de julgar e criticar o próximo. Por vezes o feitiço vira contra o feiticeiro e podemos vir a estar no lugar daquele que um dia humilhamos ou criticamos pela sua maneira de ser ou vestir. Enfim, esta sociedade está cada vez mais degradada, sem sentimentos, sem valores, mas porque razão? Não entendo porquê... Talvez porque não consigo pensar como essas pessoas que não sabem o que é o bom da vida, que não é ter fama ou dinheiro, não é ter um bruto carrão ou uma belíssima casa...é sim, fundamentalmente, ter uma família, um seio familiar unido e coberto de carinho entre todos os membros que o completam. Mas pronto, cada um de nós tem formas diferentes de ver a vida, a minha é desta maneira.

    Beijinhos*

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  2. Aqui consegues mostrar a tua versatilidade de escrita! Tudo o que dizes é tão puro e verdadeiro: no fundo somos errantes porque não aproveitamos realmente o bom, e descai-nos valorizar o mal, o triste o inoportuno.
    Espero que o "Amor" que te define seja sempr vivido na intensidade e nunca sejas um ser errante, porque onde há amor, a felicidade estará sempre imposta.

    Um beijinho*

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