Âncora...
Eram vida que escorria pelas mãos,
sentimento, presente, vivo, ardente. Eram tudo no silêncio do momento, nos
olhares que se cruzavam, num lugar, num instante, numa vila com cheiro a mar. Eram
tudo e não eram nada, permaneciam na espera e era, nessa mesma, que se perdiam
em sonhos e imagem nocturnas trazidas pela insónia de quem sabe amar. São mar, pássaros
livres que gostam de se aninhar, são porto de abrigo, ancora, são vida em
frases escritas pelos dedos dele. Em tudo o que são desconhecem-se na
imperfeição, são seres misteriosos e, mesmo com todo esse desconhecimento,
conhecem-se, não de hoje, não de ontem mas de um tempo em que o tempo nada
contava. São as vozes da gente que descende de pescadores, são narradores,
exploradores, sonhadores. São um tanto em tanto que ambos calam, são o
desconhecimento dela, são todo o amor que reside no peito dele, agora, nesta hora e
numa vontade de lhe beijar que o devora...
Lindo como sempre. ja tinha saudades de ler um texto teu :)
ResponderEliminarVotos de um excelente 2014