Durante a noite...

Confesso que já não sei o que sentir. O meu coração pede mais e, a noite, acaba numa insónia constante. O sonho desvanece, por entre os lençóis quentes e o vento que embate contra a janela do meu quarto. Nos ouvidos ouço a melodia que faz de banda sonora ao escuro destas quatro paredes. Sinto-te perto, perto mas tão longe de mim, se antes vivias esporadicamente por estes lados, hoje, vives mais horas do que aquelas que eu queria, vives permanentemente, diariamente, em cada fragmento do meu respirar. Há sinais que não desvanecem, vontades que só crescem e uma instabilidade que impede de avançar. Longe vão os dias em que o homem procurava apenas aventuras, longe vão os tempos em que o futuro não era pensado. Agora não, agora quer-se mais, um pouco mais de tudo, um chão firme para aterrar, acompanhado, depois dos sonhos, depois das viagens e das batalhas travadas. Hoje a noite chegou com este pensamento, com um tempo que me fala de ti, que me fala no silêncio de tanto que fica por dizer, de um avançar de horas que faz seguir, tentando esquecer, tentando não ver o que os olhos observam no meio de palavras e de letras musicais. Quero mais, apenas e somente isso, mais de ti, mais de mim, mais de nós. Quero-te não duvido, mas quero-te por tudo, sem metades, sem vírgulas, sem reticências. És capaz de me tirar o sono, de me deixar nesta inercia e não serás tu capaz de ser capaz de vir até mim? Não duvido de ti, confesso, duvido apenas de nós, daquele nós que conjuguei tantas vezes em silêncio, que tantas vezes confessei em cada texto que partilhava ao mundo para que, somente, os teus olhos passassem por lá...




when you say it's gonna happen "now",
well, when exactly do you mean?
see, I've already waited too long and all my hope is gone...


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