"No dia em que rompeste a saudade"

Foram tantas as horas em que procurei por ti,
Em caminhos inóspitos, em estradas sombrias – em que não sabia de mim.
Foram tantos os temores, os segredos que silenciei,
Numa garganta ressequida pela dor
(^por tudo aquilo que fui – por aquilo que não soube ser).
Foram tantos os tempos em que me esquecia de amar,
Em que emudecia a voz no silêncio que me fendia o ar,
Fazendo-me sufocar em memórias que não queria saber
(de tudo o que um dia tinha sido – e que já não era).
O meu corpo era terra, terra lançada num chão árido,
Desprovido de sentimento – entregue ao vazio: do meu âmago.

Foram tantas, mas tantas as vezes em que indaguei por ti,
Em que corri o mundo no meio de olhares desnudos,
De promessas rasgadas sem qualquer desejo...
Foram simples beijos, beijos que nunca osculei,
Sabendo que eras tu quem eu sempre quis. Sabendo que eras tu…
A metade daquilo que me faltava (o complemento do meu amor).

Foram tantas as vezes em que sentia a dor,
Bem cravada no meu peito, num sentimento que via como desfeito
(aquele que tu fizeste renascer... dentro de mim).
Foram tantas as esperas, o sonho que se via adiado,
De viver a teu lado – em abraços de eternidade,
Aquela que me deste a conhecer…
No dia em que a minha espera terminou
Quando tu rompeste… com a saudade.

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