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A mostrar mensagens de fevereiro, 2014

Amanhã...

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Toco-te, tocas-me, tocamo-nos, Deixamo-nos, agarramo-nos, predemo-nos, Depois vamos, depois voltamos, Entrelaçamos as mãos e perdemo-nos no olhar um de outro. Amamo-nos, no barulho, no silêncio dos nossos corações. Abstraímo-nos, sorrimo-nos, desejamo-nos, Avançamos, tentamos, arriscamos, ganhamos. Depois vem a vida, a história, a hora prometida. Dás, eu dou, damo-nos, beijamo-nos. Naquela noite, no meio das mascaras, no meio das luzes. Brilhas-me, cativas-me, chamas-me e eu, Eu vou, agarro-te, abraço-te, digo-te tudo, Tudo muda porque nós mudamos, porque nós, Nós vivemos, finalmente, o que desejamos...

Desnuda-me...

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Desnuda-me, aperta-me, junto a ti, Quero sentir-te, ter-te nas minhas mãos, Beijar-te, amar-te, saciar-te. Vem, um pouco mais, vem de vez, Envolve-te no meu abraço, aninha-te no meu corpo. Percorre-me, prende-me, enlouquece-me, Na presença da tua pele, na minha, dos teus lábios, nos meus. Vem, liberta-me da vontade, Ficaremos nesta liberdade. Envolve-me, aquece-me, deseja-me e... Eu, eu dou-te tudo de mim. Porque depois da paixão, Do desejo dos corpos e, até mesmo do ponto final, Vem o amar-te, o sonhar-te, vens sempre tu. Depois do ponto final . Amo-te...

Esta vontade de ti...

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O corpo pede, A vontade ordena, empurra, arrasta, Quero-te agora, Nesta hora, sem ver o tempo cessar. És ar, a minha vontade de lutar, A minha outra metade de mulher. O peito chama, Tu aqui, na minha vida, na minha cama, Sem drama nem ficção, Unidos os dois, de mãos entrelaçadas, na liberdade, naquele colchão. Desejo-te e não é pouco, Porque se fosse pouco seria louco e, Louco não sou a não ser por ti, Por isso quero-te, agora, sem demora, Nesta minha vontade que me devora, Nesta vontade de te amar...

ChamArte...

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Somos pura imaginação, o que nos une não foi inventado e, o que nos compõe, não pode ser escrito. Somos a combinação da cumplicidade ardente, da combustão acesa de um fogo intenso, de uma paixão que se ama. O que somos ninguém o foi, ninguém o será a não ser nós mesmos. Somos a cumplicidade tesuda de uma expressão safada, somos o tudo ou nada, somos a continuação, o seguimento dos nossos corpos. Confesso que gosto da sensação de saber que nada nos apagará de nós, que nem a morte, muito menos a vida passageira e a gente que deambula pelo nosso olhar. Os teus olhos irão sempre brilhar, neste peito fumegante, nesta carne que se agarra ao teu querer e faz o tempo sucumbir. E depois de tudo, do suor, do gemido, ficamos sempre desnudos, na sensação incompleta de querer mais, um pouco de ti, um pouco de mim, um tanto de nós. Porque, não são precisas fórmulas para nos decifrar, não são precisos  dialectos  para nos entender, somos apenas eternos, eternos no nosso próprio entender...

Momento...

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Coloca a música e lê-me. São 21:15h, a chuva cai lá fora e o meu corpo conforta-se numa manta quente que lhe cobre as pernas. Ouço uma melodia que emana de um velho rádio comprado a um vendedor que tivera encontrado na rua. Aqui apenas estou eu, eu, as letras e tu em mim, tu presente mesmo ao meu lado, sentada sobre a cama com lençóis de cor carmim. O calor do quarto reconforta-me, muito estas paredes têm ouvido, tantos segredos têm elas guardadas dentro de si. Hoje escrevo para ti, pedaço de mim em construção, mulher que me desperta paixão, que me incendeia o interior. Confesso-te que é amor, um amor duradouro, tal e qual como aqueles que ouvia falar, na boca desta gente, destas pessoas que deambulam pela rua à procura de um destino que está adormecido nelas mesmas. Eu encontrei-te na espuma do mar, no salgado das ondas que me banham os pés nas tardes frias de inverno, que me entranham nos poros fazendo conhecer o sabor intenso da minha vontade. Encosto-me ao sonho, não sou bom de

Cordas...

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Preferia não sentir-te, não te ter em mim. Preferia não ser este ser, ser algo mais, ser algo melhor. Preferia eu mergulhar nas ondas do teu mar ou então me perder. Confesso que te sinto mais do que devia, que te tenho, em mim, mais minutos do que aqueles em que me entrego ao respirar. Alimentas-me as fantasias, os sonhos e as poesias escritas nas horas tardias de uma noite que cai fria. Sinto-te na minha carne, entranhada na pele, como tatuagem marcada, feita numa altura em que, a consciência, perde o seu confronto contra o coração. Preferia dizer-te que não te sinto, que não te amo mas, estaria a mentir-te, estaria a mentir-me. Amo cada pormenor, cada espera, cada compasso, cada descompasso que crias em mim e que nem sabes. Preferia que o tempo se apagasse, que não amasse, que não acreditasse. Preferia que cá estivesses, que me tirasses as dúvidas, que me fizesses querer-te, ainda mais, mais do que aquele tanto que te quero. Preferia que noite chegasse e que, os olhos, se fechassem

Corres(-me) nas veias...

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Escreveria o teu nome em todas as paredes desta vila, na minha pele, tatuava-te na minha carne. Era capaz de percorrer o mundo por ti, de enfrentar fantasmas, de derrubar barreiras, de entregar-me como simples homem ao teu olhar. Por ti percorria o mar, entrava pelo rio Tejo e desaguava mesmo em frente à tua cama, aquecendo-te dentro daquelas quatro paredes, por entre os lençóis. Por ti  coleccionava   anzóis  para que, quando chegasses, pudéssemos ir pescar, em frente ao mar, àquele que nos viu crescer. Queria eu fazer-te minha mulher, detentora do meu sentir, corpo, alma, sorrir, queria eu, tanto... Cantava em voz alta a melodia da minha paixão, eu, se te tivesse mesmo aqui, não encontrava fim, apenas uma continuação. Por ti roubava todas as luzes que iluminam as ruas, colocaria velas em cada esquina, só para te iluminar o rosto, só para ver as tuas sombras nas pareces vizinhas. Queria eu as tuas mãos nas minhas, o teu cheiro na roupa que vestia, o sabor dos teus lábios entranhado n

Dá-me um pouco mais...de ti.

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Desejo-te não nego, desejo-te com uma veracidade intensa, dispersa, presente, agarrada a mim mesmo. Desejo-te como imagem translucida, como clarão em noite fria de inverno. Não te quero como mulher dos meus caprichos, como corpo sem mente, como mente sem sentimento. Quero-te por tudo, por aquilo que és e não pela fraca força do teu lutar, daquele que nem sinto, daquele que nem consigo enxergar. Não sou eu homem de procurar, foco-me no amor e vou, vou por aí ou não fosse, eu, um corpo livre, selvagem. Quero-te e querendo-te não te desejo, desejo sim o teu coração, aninhado no meu, no  dialecto  das nossas frases, na intempérie dos sinais que são largados ao vendo, percebidos por um intelecto que faz parte de nós. Não falarei eu em nós porque, será que algum dia o fomos? Confesso que tantas noites sonhei que sim que... em tantas horas almejei-te, amei-te, silenciosamente, no desconhecido da palavra presente. Quero-te, não de hoje e muito menos do dia de ontem, não sou de fracos amores,

Passado...

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Hoje tivera tirado um tempo, Despido a roupa, Despido a alma. Permanecia apenas o coração, Um coração de homem vivido, De um homem sonhador, De um homem amante. O amor era constante, A melodia ecoava na sala e... a memória, Falava-lhe de tempo. O lume tivera apagado, A vontade sanado, O tempo se dissipado e... olhando todo aquele sentimento, Viu que ela vivia no passado, nisso mesmo, no passado...

A-Mar...

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Falar-se de amor é falar-se de nós mesmos, falar de sonhos calados, de vontades silenciosas, de desejos tão nossos. A nossa forma de amar é o espelho daquilo que somos, dos nossos medos, dos nossos anseios, das nossas lutas. Falar-se de amor é falar de tempo, falar-se de momento, de histórias, das nossas próprias histórias. Somos constituídos de amor, de um sentimento que nos corre nas veias, que entra de forma abrupta, que nos dá conta do que é, realmente, viver. Preferes tu amar ou não viver o amor? A verdade é que esse sentimento causa-nos insegurança, causa-nos uma dúvida terrível entre saltar para o abismo ou ficarmos sentados em solo firme. O amor é e sempre será um “jogo” de forças antagónicas, de antagonismos despertos entre o ter e não ter, o arriscar ou o permanecer na zona de conforto. A arte de amar é esculpida pelos fortes, pelos que arregaçam as mangas, que levam “tampas”, que tentam uma e outra vez, que amam de forma intemporal sem que, o amor, acabe na semana seguinte.

Meia luz intermitente...

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Intermitente, ardente, presente, eloquente. Fico no contentamento, do sentimento, do momento, do tempo. Procuro-te na imensidão, na multidão, na paixão, Encontro-te viva, sensitiva, na missiva emanada do coração. És então, o fogo de um clarão, tentação ou uma doce ilusão, Carne do meu sentir, vida por descobrir, história por vir. Vives em cada artéria do pulsar, num acto de representar, numa intensa forma de amar, És ar, ar de respirar, de lutar, de ficar, de acreditar. No final és um sonho bem real, um sonho em nada banal, um sonho de paixão, És desejo, no corpo, na pele, bem na palma da minha mão...

Do amor...

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E se hoje te dissesse baixinho que te queria aqui? Bem perto de mim, bem perto do meu ser? Se hoje te confessasse que te queria como minha mulher? Como continuação do meu ser? Se hoje me aninhasse bem perto da janela do teu quarto, se te dissesse que és bem mais que uma paixão, que és real, que vives dentro do meu coração? O que farias? Fugias? Fugias de mim ou fugias comigo? Nesta vida de amor nada é certo, mas eu, eu não quero certezas, quero intensidade, momento, verdade. Fugirias tu comigo? Agora? Sem demora? Percorríamos a noite fria desta terra, ouvindo o mar, sentido o pulsar do meu coração, na tua mão, ao teu olhar. Espero eu por ti ou posso, então, avançar? És tu vontade ou apenas nada para dar? E se hoje tudo fosse o último respirar? Se nada mais houvesse para dar? Ficarias aí ou virias comigo tentar? Hoje, se a paixão desperta, o amor aperta, a vontade, a saudade, mesmo que nunca se tenha tido bem perto, mas... o perto será sempre uma pequena questão, certo? Se hoje tudo es

"Quero-te!"

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Quero-te não de ontem, não de hoje e, certamente, não apenas amanhã. Quero-te, em cada segundo, em cada fragmento, em cada momento, em cada melodia. Quero-te em noite fria, enrolada no meu corpo, entrelaçada nos meus braços. Quero-te, de uma forma qualquer, despenteada, borrada, mal arrumada, quero-te como mulher. Quero-te como companheira, como amante, como aventureira, quero-te agora, de qualquer maneira. Quero-te a sorrir, num mundo por descobrir, quero-te como porto de abrigo, quero-te abrigar. Quero-te amar, sem vírgulas nem reticências, sem lapsos de memória, construindo juntos uma história. Quero-te, longe ou perto, quero-te a ti mesma, com aquilo que és não, somente, com a tua melhor parte. Quero-te, quero-te de forma intempestiva, de forma reivindicativa, de forma destemida, desmedida, distraída. Quero-te no compasso da nossa canção, num quarto repleto de paixão, numa noite duradoura, numa viagem tentadora. Quero-te como minha mulher, como orgulho do meu ser, como adepta de f

"A marte"...

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Não sei mais se a vontade é vontade ou irrealidade do meu olhar. Busco ar, mergulho em ti, em nós, naquelas imagens que perduram, num oceano de desejo. Tudo parece igual, a terra por cá tornar-se molhada, encharcada de sonhos, enxergada de olhares. Amo-te, no complexo dos  dialectos , nas prosas e poemas, em melodias dicotómicas e antagonismos de sentimentos. Amo-te como expressão inacabada, como início do fim, como final inesgotável de um riacho que não encontra fim. Preservo-te em mim, como diferença vivida, como promessa cometida, como presente, ausente, carente, eloquente, dormente. Deixo-me ir por este sentir, por esta fina camada de sono a me cobrir, descrevendo-te, em cada linha, em cada traço pincelado num doce travo de erva e jasmim. És assim, uma utopia em hora tardia, a insónia que me corre nas veias, a pura adrenalina do que se chama viver. E, depois de tudo, continuas a correr, no pensamento, no corpo, no respirar. És ar, ar daquele mesmo lugar, da brisa com cheiro a mare

Fogo...

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Que se viva tudo, no momento, no segundo, no tempo. Que se viva os errados, os certos, as chegadas, as partidas. Que se tente, uma e outra vez, que se faça de vez, que nos atiremos depois de contar até três. Que se beije, abrace, conforte e amasse. Que se sacie a vontade, que sejamos amantes, amigos, portos seguros, simples perigos. Que se queria tudo bem agora, sem demora, numa cumplicidade que devora, entre dois corpos, entre dois seres. Que não sejamos metade, meios sim´s, meios nãos, que não sejamos frio, que se seja calor constante, fogo em combustão, loucos, felizes bem na palma da nossa mão. Que sejamos apenas nós, sem interrogações, sem falsas noções, que estejamos apenas porque queremos, quando queremos, perpetuando aquilo que chamam de vida...

És...tudo...

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Envolvendo o seu corpo nos braços dele, ela, permaneceu a olhar o mar. O dia de sol terminava e, a noite, caia sobre aquela  baía , mesmo em frente aos olhos de ambos. Tivera ela voltado ao seu lar, àquelas areias ora quentes, ora frias, tivera ela voltado para o corpo dele. As perguntas não eram feitas, se existiam, estavam ali todas as respostas, no tremor do corpo, na adrenalina do beijo, nas palavras sussurradas ao ouvido, aquelas que habitaram durante, tanto tempo, os textos dele. Ambos eram a continuação da história, os aventureiros, marinheiros de marés vivas, pescadores que se arriscam a ir, somente a ir de encontro ao desconhecido. Minutos que viraram segundos, segundos revestidos de uma eternidade, de uma ansiedade, de uma saudade que habitou um minuto, que os fez viver pela vida inteira. E, mesmo antes de ela ir, ele, a sorrir, disse-lhe que tivera deixado, no bolso do seu casaco, um bilhete, um pequeno papel que, mais que uma conjugação de palavras, era uma conjugação de s

"Desconcertas-me..."

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Invades, ficas, agarras, prendes. Desconcertas o meu pensamento, desconcentras a minha atenç ã o, puxas-me na tua direcç ã o, d á s fogo à minha paix ã o. Ateias, incendeias, cativas tal como marés vivas, em dia de temporal, em passos descoordenados de uma arte minimal. É s fogo, fogo que me aquece, que me estremece, que me enlouquece, que me tira a orientaç ã o, que me faz perder na imensid ã o. Fazes-me querer-te, em cada momento, com a força de um sentimento, com a vontade de ficar. Quero-te com o meu simples olhar, quero-te abraçar, beijar, amar, numa cama, em qualquer lugar. Quero a tua pele na minha, em noite fria, até que se faça dia. Aninhada entre os meus braços, entre beijos e amassos, entre cordas e baraços. D á s-me vontade, n ã o passageira, daquela duradoura, tentadora, devoradora, inquietadora. Quero-te por inteira, na tempestade, na clareira, quero-te nas aventuras, nas desventuras, nos sorrisos, nas ternuras. N ã o te quero apenas para mim, quero-te do mundo, de um lu

Durante a noite...

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Confesso que já não sei o que sentir. O meu coração pede mais e, a noite, acaba numa insónia constante. O sonho desvanece, por entre os lençóis quentes e o vento que embate contra a janela do meu quarto. Nos ouvidos ouço a melodia que faz de banda sonora ao escuro destas quatro paredes. Sinto-te perto, perto mas tão longe de mim, se antes vivias esporadicamente por estes lados, hoje, vives mais horas do que aquelas que eu queria, vives permanentemente, diariamente, em cada fragmento do meu respirar. Há sinais que não desvanecem, vontades que só crescem e uma instabilidade que impede de avançar. Longe vão os dias em que o homem procurava apenas aventuras, longe vão os tempos em que o futuro não era pensado. Agora não, agora quer-se mais, um pouco mais de tudo, um chão firme para aterrar, acompanhado, depois dos sonhos, depois das viagens e das batalhas travadas. Hoje a noite chegou com este pensamento, com um tempo que me fala de ti, que me fala no silêncio de tanto que fica por dizer,

Momento...

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Queria dizer-te. Queria. Queria olhar-te, agarrar-te, beijar-te, com força e... apenas dizer-te... Dizer-te que é agora, sem demora. Dizer-te que sim. Sempre sim, deste que neguei a mim mesmo amar-te. Dizer-te que te quero, neste momento, em todos. Dizer-te. Queria. Queria, dizer-te que fugi, que parti, que nunca te esqueci. Queria, queria agora mesmo, nesta rua, nesta terra, com o cheiro da tua pele. Queria. Sempre queria. Queria amor como queria um dia. Queria apenas amar-te sem querer. Porque, mesmo querendo, Queria que soubesses, Que o imperfeito ama-te. Queria, Amor, Queria... PS: Convido-os a ver os outros dois post´s colocados no dia de hoje. Sejam felizes! Insónia Vem ter comigo...Agora...

Insónia...

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Amanh ã , enquanto dormes... Agora mesmo, vou pensar em ti. Intensamente, intempestivamente até que o sono tome conta de mim, e o sonho invada o meu dormir. Mesmo que o mundo esteja a ruir, tudo toma a forma do teu corpo. E, eu que nem louco, estendo a m ã o para te acordar, Numa noite escura, Como quem procura, O teu ser para amar...

Vem ter comigo...agora...

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Daria o mundo para te ter, um momento, agora, sempre. No meio da vontade, do saciar do corpo, da contemplação da alma. Deixávamos a perfeição para outras horas, ali seriamos errantes, incompletos seres que encontravam a complementaridade no outro. Saciávamos a carne, envaidecia-mos o olhar e deixávamo-nos ficar por entre as mantas quentes de uma tarde de tempestade. Ouvindo o mar sincronizávamos os movimentos num prazer tão nosso, numa ansiedade constante, numa chama incandescente, num oceano de vontade. A tua pele, na minha, as tuas mãos, nas minhas, a nossa presença, naquele momento, no compasso de uma respiração partilhada, de uma chegada, da tua, a esta terra, a esta minha intempestiva força de te amar... A tempestade lá fora, a melodia aqui, a tua presença, a minha, os nossos corpos, toda a nossa vontade, agora, mesmo agora, num desejo que me devora...

Fugimos hoje?

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Embarcamos que nem loucos numa viagem sem direcção, peguei-te na mão e transportei tantos sonhos para aquele momento, para o instante em que largaste o medo e seguiste comigo. Partimos numa carruagem envelhecida pelo tempo, parecia que vivíamos um romance de antigamente, daqueles que se encontram escritos nos livros depositados sobre a minha mesa-de-cabeceira. Seguimos rumo ao desconhecido, as nossas mãos tremiam e, o coração, acelerava a uma velocidade estonteante, a um batimento descompassado, coordenado pela  ânsia  de viver cada segundo. Olhando nos teus olhos perdia-me na sua cor, na profundeza do sentimento que transparecia, numa retina que se contraia e expandia ao sabor dos beijos dados, dos abraços apertados, do calor que emanava de cada poro da pele. Sentia-te perto, com pouca bagagem mas, o que importava a roupa que nos cobria o corpo comparada com a liberdade auferida pelo vento que sentia-mos a bater no nosso rosto? A carruagem tinha o cheiro a lenha queimada, a paisagem

"SempreTu"

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Pode tudo nada ser, podes ser tu simples corpo de mulher, podemos nós não saber. Pode a melodia acabar, o fado nada falar, as palavras chorar, os meus olhos não olhar. Pode o mundo ruir, na nossa mão, no nosso chão. Podemos nós ser sós, simples anzóis, eternos sóis. Pode o mundo rodar, fazer perder, fazer encontrar, pode tudo ser passado, pode tudo estar a nosso lado. Pode tudo ser alucinação, afirmação, sonho vão, presente na nossa estação. Pode o comboio passar, a vontade ficar, a pele estranhar, o corpo se moldar. Pode a escuridão chegar, fazendo não ver, fazendo esquecer, fazendo dissolver. Pode ser engano, erro estranho, pode ser adrenalina, dolorosa vacina, pedra da caçada. Pode tudo ser tudo, pode tudo ser nada. Pode a água esgotar, o oceano emigrar, a areia fria ficar, o tempo piorar. Pode o corpo envelhecer, a pele enrugar, o coração falhar, a força acabar. Pode tudo desabar, acabar, sucumbir. Pode talvez o meu “eu” nem existir, ou então a recordação findar. Pode a memória es