À Mulher da minha vida... a minha Mãe.

Aprendi a amar no dia em que ensinaste o que era o amor, no instante em que me abraçaste nos teus braços e ficaste em silêncio – enquanto as minhas lágrimas escorriam pelo rosto. Foi a teu lado que já enfrentei tanto na minha vida, tantas voltas e reviravoltas, tantos instantes em que o tempo parecia correr contra mim, ferindo-me o corpo, marcando-me… o coração. Aprendi a sorrir ao ver-te sorrir, ao olhar-te nos olhos e sentir todo um mundo para além deles, todo um segredo só nosso, meu e teu, teu e meu. Tantas são as horas que partilhamos juntos, tantos projectos e tantos choros – e tu sempre me abraçaste, e tu sempre me ouviste, e tu, minha mãe, sempre me confortaste. Tens um coração de guerreira, talvez o coração mais verdadeiro que algum dia vou conhecer, que algum dia vou sentir – porque foi com o bater dele que o meu começou a bater, porque foi com todo o amor que habita nele… que eu gerei-me: dentro da tua carne, dentre de ti. São tantas as memórias e tantas as recordações que guardo, tantos os momentos em que me chamavas para jantar, em que me sentava na mesa e tu – sorrindo para mim - dizias que estava na hora de alimentar-me para crescer. Até hoje lembro-me dessa tua expressão, dessa tua vontade de eu ser um homem de valor, de eu ser um homem melhor. E eu quis, mãe. Confesso que eu quis crescer e cresci… rápido de mais mas… cresci. E agora falta-me o tanto de um tempo em que era eu, e a minha inocência. Ensinaste-me tanto minha mãe, tanto que guardo dentro de mim, que guardo em cada passo que dou, em cada vontade que tenho, em cada gesto que é tão nosso. Sabes? Talvez não fosse eu se não fosse teu, talvez não fosse o que sou... se não te tivesse bem na minha vida, se não te tivesse cravada no meu peito, presente no meu coração. Deste-me tudo, tudo em troca de nada, tudo em prol de um sonho que tiveste – aquele de gerares uma outra vida dentro de ti. E eu amo-te tanto por isso… Amo-te por me teres dado vida, por me teres dado tudo, tudo o que podias e não podias dar, por me teres dado o tanto que alguma vez te faltou. Aprendi contigo a dividir, não só o que ganhava mas... o que tinha dentro de mim, aquilo que me dizes que não se pode comprar, aquilo que dizes que não podemos roubar – o sentimento, o amor, aquele que oferecemos e que temos… se soubermos cuidar. Minha mãe… por mais que tentasse, jamais retribuiria tudo o que me deste, tudo o que fizeste, por mim, e por todos aqueles que vivem unidos a ti, num lar que será sempre o meu porto-de-abrigo, onde entro para me sentir mais eu, onde volto para encontrar o teu abraço. Mãe… e por mais que tudo um dia acabe, e que os nossos corpos virem nada, escutarei sempre a tua voz, onde quer que estejas, onde quer que eu esteja… seremos sempre pedaço um do outro, seremos sempre a vontade de amar com todo o nosso sentir.

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Comentários

  1. A saudade coberta por alegrias já é poesia... Ganhou cores em suas linhas!...

    Beijos =)

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